21/05/2019
Mulheres devem controlar ciclo menstrual após a bariátrica

A obesidade pode causar irregularidades no fluxo menstrual e até a ausência da menstruação. Isso é motivado por um aumento na quantidade de insulina no organismo, que pode acarretar na chamada Síndrome do Ovário Policístico. Após a cirurgia bariátrica, porém, os ciclos hormonais tendem a voltar ao normal e há um aumento de fertilidade. A clínica Adriana Barreiro, da equipe do Núcleo de Tratamento da Obesidade, explica que a mulher precisa ficar atenta a seu ciclo menstrual após a cirurgia e evitar a gravidez antes do período seguro. 

A recomendação médica é de que a gestação seja adiada de 12 a 18 meses após a cirurgia bariátrica. “A mulher deve procurar seu ginecologista a fim de serem prescritos medicamentos de contracepção eficazes, de longo prazo e de acordo com a técnica cirúrgica empregada, já que medicamentos orais podem ter sua absorção prejudicada”, ensina a médica, alertando que o mais recomendado é optar por procedimentos como DIU hormonal, anel vaginal, implante subcutâneo e medicações Intramusculares. 

Além de evitar a gestação antes do tempo adequado, o controle rigoroso do ciclo menstrual ajuda a mulher a conter as grandes perdas de sangue na menstruação, que ocorrem como consequência da normalização da função ovariana. Esse aumento do fluxo menstrual facilita o surgimento de sintomas relacionados a quadros de anemia, como tontura, mal estar e cansaço. “Esse cenário é facilmente evitável seguindo um acompanhamento regular com o médico, onde será avaliada a necessidade de outros tratamentos, como reposição de ferro”, explica Adriana Barreiro, avisando que esse fluxo irregular tende à normalidade após alguns meses da cirurgia.