07/03/2016
Coração de mulher

A mulher é guerreira, é bela e independente. Mas afetiva, conciliadora, tem o dom de ouvir. Ela é mãe, avó, irmã, tia. Quase sempre o porto-seguro da família, o pilar central. Talvez essas definições expliquem a força sobre-humana que deixamos sobre seus ombros. Esquecemos que a mulher precisa de cuidado, de atenção à saúde. Ás vezes elas mesmas esquecem disso.

Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que quase 50 mil mulheres morrem por ano de doenças coronarianas no Brasil. Isso é quase metade das causas de morte feminina. Ainda assim, e talvez por esse motivo, o diagnóstico delas em consultórios e emergências do país ainda é falho.

“Culturalmente, é o homem que enfarta em meia idade, devido a maus hábitos alimentares e genética. Mas essa pré-avaliação é errônea. Ainda há mulheres que morrem porque o infarto não é identificado imediatamente nas consultas”, explica a cardiologista Márcia Barbeito. 

Há um motivo biológico para que elas enfartem menos que os homens: o estrogênio. Pela incidência do hormônio muitas só apresentam caso grave coronariano após a menopausa. Mas estudos recentes mostram que, nas últimas duas décadas, o número de infartos em mulheres de meia-idade vem aumentando, enquanto o de homens se equilibra e até diminui.

No dia 8 de março lembra-se a luta da mulher por igualdade. A saúde delas também precisa de atenção e deve ser tão bem avaliada quanto a dos homens.